25.C1
Atenta à palavra do Senhor: "Vai, vende o que possuis, dá-o aos pobres, depois vem e segue-me", seguimos a Cristo, querendo viver a pobreza numa confiança total em Deus. Animada pelo espírito das Bem-aventuranças, esta pobreza cria em nós uma disponibilidade para o serviço do Reino...
Alexandrine Conduché, sobrinha do Padre Gavalda, é a Fundadora da Congregação das Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils. Tendo nascido em Compeyre, situada nas gargantas do rio Tarn, de uma família pobre e de fé sólida, recebe uma educação escolar precoce e relativamente longa para sua época:"ela era completamente tudo"relatam-nos as crônicas. Aos treze anos, para não permanecer mais tempo a cargo dos seus pais, ela sai de Compeyre para ir para o presbitério do seu tio Artières em Tizac. O padre Artières, consciente das qualidades intelectuais da sua jovem sobrinha, decide abrir uma escola para os iletrados da aldeia da qual ela se torna responsável.
A competência de Alexandrine é logo reconhecida e devemos notar que com um raro bom senso, ela sabe limitar o seu ensinamento às necessidades dos seus alunos. Mas o que a motiva mais ardentemente, é transmitir aos seus alunos "o amor do Senhor Jesus". Nesse primeiro serviço de Igreja, ela compreende a perfeita unidade entre profissão e apostolado.
E Deus interpela-a. E sem reserva, ela responde "Sim".
A sua atração mais intensa era para com uma vida religiosa de tipo contemplativo. No noviciado de Saint Julien d´Empare, dão-lhe o sobrenome de "noviça despreocupada", de tal forma ela é feliz na paz daquele convento.
Mas a fundação de Bor começa... e um outro dos seus tios, o Padre Gavalda, a espera...
Ela "deixa portanto Deus para Deus", tornando-se diretora da nova escola de Bor. Aos dezoito anos, já mestra das noviças e responsável da comunidade que está surgindo.
A PROVAÇÃO
A saída da Irmã São José, primeira priora do convento, ameaça acabar com a fundação.
No ponto mais forte da crise, Irmã Anastasie pensa na paz do noviciado, duvida estar realmente no seu lugar, sonha com o Carmelo. Mas após a dúvida e a grande dificuldade, ela exclama:"Mesmo que eu tenha de ficar sozinha, ficarei": A partir desse dia, Madre Anastasie reconstrói a unidade da comunidade e consegue manter a "doce cordialidade dos espíritos e dos corações". A diversidade das atividades impõe uma vida fraterna muito unida e Madre Anastasie insiste muito sobre a necessidade do trabalho comunitário.
UMA MISSÃO FUNDADA NO AMOR
Muito sensível ao sofrimento, Madre Anastasie não hesitam em enviar desde o início da fundação, Irmãs para visitarem e cuidarem dos doentes após as horas de aulas, às quintas-feiras e aos domingos e por vezes uma irmã é encarregada dos doentes da paróquia, de dia e de noite. As Irmãs aprendem assim a própria linguagem do Evangelho na qual o anúncio da Palavra é sempre acompanhada das palavras e dos gestos de bondade.
Quando Madre Anastasie morre, em 1878, a Congregação já contava com uma centena de irmãs e com 26 casas.